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quarta-feira, 25 de agosto de 2010

. faltando

Dorme mal, acorda bem
Quando tá de bem, depois vem o mal
O dia tá bom, ela não tá
A noite tá ruim, mas ela tá bem.
Varia, variando, variou.
Cansar, cansaço, casando, cansei.

Não gosto do dia 23, por motivos idiotas pro mundo, e enormes pra mim.
O gosto do lanche feito por mim mesma, perdeu o agradável e diferente que havia.
Algumas músicas me fazem odiar o passado, outras o momento e mais outras as pessoas.
As atitudes alheias me incomodam extremamente, e as minhas ainda mais.
Sinto uma leve saudade do gosto da noite, misturado com os goles de cerveja em boas companhias.
Venho confundindo o que sinto, com o que sentem, com o que é sentir de fato.
O cheiro doce de uma pessoa, vem aparecendo pra mim, me testando a saudade/vontade.
Meu sono vem fugindo pela noite e se instala pelas manhãs.
Minha falta de organização com os momentos, vem cansando a minha alma.
O ar seco, está molhando a minha garganta sem ter como.
Me irrito com total facilidade, pela raiva descontada de forma errada.
Descobri que o mundo nunca esteve de cabeça pra baixo, mas eu...
Ser, estar... anda num mix pra mim.


sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Pesos errados

Quero bater com uma porta na minha própria cara, jogar um balde de água fria, ou qualquer coisa que me faça acordar.
A balança quebrou, e agora eu não sei mais como pesar as minhas dores, minhas vontades, as atitudes alheias, nada... simplesmente nada.
Acho que não é mesmo para pesar, é simplesmente para esquecer, não guardar lembranças, é tão simples assim e eu sequer consigo completar essa missão por mim mesma.
- Acontece. - foi isso que eu me disse no momento, e repito por milhares de vezes.
- Não aconteceria, se fosse com você. - vem esse outro lado o tempo todo.
Sabe quando você anda, anda muito, de uma maneira que chega a cansar o corpo todo? Quando você corre de você mesma, chega em um labirinto onde qualquer caminho é inválido.
Está estranho assim pra mim, de forma que por alguns instantes eu boicoto minha mente, meus sentimentos e pouco depois eu encontro toda aquela coisa que não quero nomear, mas que possui palavra certa.
Num dia frio, li algo que dizia pra eu escolher a minha vida, de forma que um dos lados seria beneficiado enquanto o outro ficaria de canto um pouco, esquecido.. para uma evolução do primeiro. Não sei até que ponto eu escolhi o lado, só sei que fico cutucando uma ferida que só eu consigo ver o quão profunda ela foi.
Um frio estranho vem me cobrir o corpo, enquanto eu consigo sentir o calor alheio sendo sentido, com alguns goles de alcool, e umas boas olhadas para o mundo afora. Eu queria agora, mais que nunca, trocar os papéis, e fazer tudo como foi feito.
Não quero xingar, nem gritar... só derramar algumas lágrimas com gosto amargo e depois arrancar tudo de mim, tudo mesmo.
Escrevo tanto, pra dizer sempre a mesma coisa: que uma parte minha, tá ferida.

domingo, 15 de agosto de 2010

'Des'Gosto

Eu posso tentar fingir, posso meter um sorriso na minha cara de morta.
Aí eu olho pro mundo, olho pra mim, olho pra você, pra ela, pro nós, pro meu ex-nós, pro resto...
O que permanece é a minha escrita, minha leitura, minhas mãos na impaciência de esperar que a minha boca reaja da mesma forma que as minhas mãos.
Aí me sento, me controlo, me contento e fico com um fingimento me guiando, me fazendo andar por entre algumas ruas, onde só pode se seguir só.
Depois, quando abro minha mente, desconsidero tudo. O sentido morre, eu pego algumas pedras e as atiro em mim, em quem estiver pela frente, mesmo que eu saiba ou finja saber que as pedras não fazem jus.
Me deitei, me calei, respirei o mais fundo que podia e contei os fatos novamente pra mim, tentando me desprender das questões. Mas sempre fui de me questionar, de parar e pensar o que deve ser feito, sempre analisei as minhas vontades de acordo com melhor a se fazer, sempre tentando fazer o que parecia mais certo, o que não machucaria a ninguém.
Aí me sentei, levantei, andei, corri, cansei. Depois de tudo que fiz contra as minhas vontades, recebi uma vontade alheia, só ouvi uma versão que nunca irá me contentar, só engoli as palavras que escrevo, que falo pra mim mesma.
Veio alguns me visitarem com a sabedoria, e mesmo tendo um bucado de coerência na fala destes, ainda é pouco pra que eu aceite, aceite de fato.
Agora eu leio os outros, leio a mim, corro e canso diariamente, depois ainda me calo e olho no espelho uma face que eu não sei mais se gosto tanto assim.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

num bar, num banheiro, num querer...

Ela acompanhou todo meu drama, todas as minhas (re)caídas e (re)erguidas. Me fez sorrir, para que as lágrimas secassem, me faz falar as verdades omitidas de mim mesma.
Já desenhamos, cantamos, compomos, dançamos, falamos, rimos, choramos de rir, choramos de fato, brigamos, amamos, tudo uma ao lado da outra.
Nunca levei uma palavra cuspida que viesse dela, e ela também nunca levou uma minha, nunca me causara lágrimas de decepção, sempre me abraçou acolhendo, aconselhando. Seus olhos sempre conseguiram ficar presos a minha face, os meus sempre a seguiram com cuidado os gestos que fazia.
E eu sempre depositava fichas nela, sempre a olhei com total admiração, já desejei seus gestos, fui bem egoísta ao querer ela só ao meu lado. Escrevi por ela, pra ela, com ela...
O tombo que eu levei não me parece merecido, não faz sentido, simplesmente não se encaixa à ela, mas foi, ela fez em consciência o que quis, agora sente a culpa, mas no momento só sentiu a vida e o quanto estava viva.
Foi odiável ouvir sua linda voz, contar aquelas palavras, com um tom de dor que parecia vir de mim também.
Eu só não reagi! Esse ato não é dela, não aos meus olhos que a amam tanto, que nunca pode se conter com tanta admiração. Isso não define o meu amar, só me trata com um mal que eu nunca imaginei aparecer por parte dela.