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sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Pesos errados

Quero bater com uma porta na minha própria cara, jogar um balde de água fria, ou qualquer coisa que me faça acordar.
A balança quebrou, e agora eu não sei mais como pesar as minhas dores, minhas vontades, as atitudes alheias, nada... simplesmente nada.
Acho que não é mesmo para pesar, é simplesmente para esquecer, não guardar lembranças, é tão simples assim e eu sequer consigo completar essa missão por mim mesma.
- Acontece. - foi isso que eu me disse no momento, e repito por milhares de vezes.
- Não aconteceria, se fosse com você. - vem esse outro lado o tempo todo.
Sabe quando você anda, anda muito, de uma maneira que chega a cansar o corpo todo? Quando você corre de você mesma, chega em um labirinto onde qualquer caminho é inválido.
Está estranho assim pra mim, de forma que por alguns instantes eu boicoto minha mente, meus sentimentos e pouco depois eu encontro toda aquela coisa que não quero nomear, mas que possui palavra certa.
Num dia frio, li algo que dizia pra eu escolher a minha vida, de forma que um dos lados seria beneficiado enquanto o outro ficaria de canto um pouco, esquecido.. para uma evolução do primeiro. Não sei até que ponto eu escolhi o lado, só sei que fico cutucando uma ferida que só eu consigo ver o quão profunda ela foi.
Um frio estranho vem me cobrir o corpo, enquanto eu consigo sentir o calor alheio sendo sentido, com alguns goles de alcool, e umas boas olhadas para o mundo afora. Eu queria agora, mais que nunca, trocar os papéis, e fazer tudo como foi feito.
Não quero xingar, nem gritar... só derramar algumas lágrimas com gosto amargo e depois arrancar tudo de mim, tudo mesmo.
Escrevo tanto, pra dizer sempre a mesma coisa: que uma parte minha, tá ferida.

Um comentário:

Pierre. disse...

Só o sofrimento mais profundo, mais intenso, mais insano e enlouquecedor te tirará de tudo isso.
Portanto encare, definivitamente encare.
Porque não há caminho senão pelo sofrimento.