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quarta-feira, 11 de agosto de 2010

num bar, num banheiro, num querer...

Ela acompanhou todo meu drama, todas as minhas (re)caídas e (re)erguidas. Me fez sorrir, para que as lágrimas secassem, me faz falar as verdades omitidas de mim mesma.
Já desenhamos, cantamos, compomos, dançamos, falamos, rimos, choramos de rir, choramos de fato, brigamos, amamos, tudo uma ao lado da outra.
Nunca levei uma palavra cuspida que viesse dela, e ela também nunca levou uma minha, nunca me causara lágrimas de decepção, sempre me abraçou acolhendo, aconselhando. Seus olhos sempre conseguiram ficar presos a minha face, os meus sempre a seguiram com cuidado os gestos que fazia.
E eu sempre depositava fichas nela, sempre a olhei com total admiração, já desejei seus gestos, fui bem egoísta ao querer ela só ao meu lado. Escrevi por ela, pra ela, com ela...
O tombo que eu levei não me parece merecido, não faz sentido, simplesmente não se encaixa à ela, mas foi, ela fez em consciência o que quis, agora sente a culpa, mas no momento só sentiu a vida e o quanto estava viva.
Foi odiável ouvir sua linda voz, contar aquelas palavras, com um tom de dor que parecia vir de mim também.
Eu só não reagi! Esse ato não é dela, não aos meus olhos que a amam tanto, que nunca pode se conter com tanta admiração. Isso não define o meu amar, só me trata com um mal que eu nunca imaginei aparecer por parte dela.

Um comentário:

Pierre. disse...

"Não espere dos outros o que VOCÊ faria."
Por mais que conheçamos as pessoas, elas sempre são algo a mais, pra elas, dentro delas.
Não é dizer que você apostou fichas na pessoa errada, só acho que a pessoa usou fichas pra coisas ilícitas.
Mas o que há dentro de seu peito, a dor vai trazer a verdade, a verdade que saberá a justiça. E sem orgulho, ou medo, apenas com certeza e amor você decidirá.

(ahazou no texto. =O)