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domingo, 28 de novembro de 2010

Momento sem mim

Quando uma parte chorosa desperta, e deixa o resto do corpo imóvel. Depois pede aos dedos que sejam ageis, para começar uma história sem meio e fim, apenas para dar inicio ao que já estava sendo vivenciado, por uma alma com olhos tão fundos e tristes.
Em apenas uma noite seria possivel acabar com tudo, e trazer aos olhos todas as provaveis lágrimas, deixar todos os desejos de lado, com apenas um feito,mas seria necessario mais que uma coragem súbita e triste, seria necessário as minhas mãos apunhalando meu próprio peito, em cheio... fazendo meu sangue se espalhar pelo meu corpo, numa calmaria inexistente.
Viria o cheiro de quero mais, com um bucado de ânsia para voltar a outra vida, aos outros atos, aos falhos que foram a salvação até o presente momento sanguinário.
Eu teria de amar ainda mais aqueles olhos, teria de esquecer daquele sorriso calmo e vazio, seria quase impossível não poder apreciar mais seus cachos, e todo o meu amor estaria jogado em um canto, sujo e mal acompanhado.
Faltaria muito mais que uma loucura, faltaria mais que esse corpo que hoje você almeja em dietas ridículas lendo o que não é informado de modo real, eu perderia esse brilho em forma de sorriso, onde o corpo todo se mexe de forma espontânea. Seria esquecer que olhei pros seus olhos, que segurei firme seus pulsos, quando você quis pular a parte de viver,seria deixar pra trás todos os momentos de loucura boa que foram vividos.
Não poderia jamais deixar meu sangue sujar a sua felicidade tão meiga e parecida com a minha. É como empurrar seu corpo pra longe do meu, pedindo pra você nunca mais voltar a olhar meus gestos, enquanto dançava o seu dia. Há muito que deveria ser dito, mas que eu jamais poderia dizer sem formar o Te amo ao olhar o quanto estivemos presentes na vida um do outro. É ignorar os seus erros, segundo o meu achar, e faltar com a minha consciencia por um instante, para formarmos uma dupla cantante, é igualar a saudade que existe a um nada, que sempre esteve presente.
Nossas línguas sempre foram afiadas, nós amolávamos estas, com nossa saliva salgada, dizendo e 'des'dizendo coisas inúteis e fúteis, tanto quanto os atos tomados.
O meu piscar de olhos, nunca fora tão longo quanto naquele momento onde eu pedia meu sangue ao destruir meu corpo apunhalando minha alma chorosa.nenhum daqueles sorrisos poderia me salvar se eu não quisesse, se não houvesse o meu chamado, se eu não mostrasse que as minhas mãos estavam limpas de mim mesma.
Eu só parecia entender cada vez mais, o porque de fotos tão felizes, e olhos tão distantes do mesmo foco, onde as noites de cantoria com bebida, faziam de nós o mesmo nós visto de todos os angulos, de como deveria ser visto por mim, por você e por cada um aqui escrito.
Ainda assim, a cena parecia prosseguir, cheia de lembranças, de primeiras e primeiras coisas vividas, de primeiros olhos tristes, de primeiras bocas amadas, de primeiros beijos doces, de primeiras palavras vermelhas... a protagonista não era eu, minhas mãos comandavam toda a cena suja de mim.

domingo, 14 de novembro de 2010

cadê meu título, amigo?

Odeio ficar com alguém na cabeça, e não saber se o mesmo acontece com alheio.
Porque muitas perguntas sempre parecem, acabar com o dia de qualquer um, poucas respostas também e a incerteza ainda mais.
Aí eu me pergunto onde eu me encontro, como, e tudo mais, num mix danado, que me deixa ainda mais louca e sem respostas, num estado de medo da paixão e querer o mesmo. E lá vem a briga interna novamente!
Eu quero mais mesmo, quero mais gosto do que me fez bem, quero mais olhar... muito mais só pra mim, quero ainda mais cheiro me enlouquecendo, quero mais lembranças de loucuras ou falta delas, quero mais cor, quero arrancar o preto&branco de mim, quero gritar ao mundo inteiro, se eu sentir tudo intensamente.
Depois de querer tanto, não quero nada. Passo a desejar somente, que eu fique bem, mesmo sem obter tudo que eu mesma planejei sentir, ou não... mas é incerto esse caminho, ainda mais por não envolver somente a mim.
É tanto gosto, que chega a dar desgosto.