- Pra você foi só alguma coisa, foi mais pra mim. - eu ainda precisava falar mais, muito mais.
- Já foi, eu pulei daquele prédio e você não.
- Eu te puxei, te segurei, tentei te manter em pé, mas...
- você não pulou. - lágrimas vieram.
- Eu queria pular, eu queria você, eu queria que você me puxasse pra pular junto com você.
- Nós tivemos alguma coisa. - só isso saia de sua boca.
- Sim... tivemos, você já pegou minha mão, já olhou fixamente pro's meus olhos, já me fez carinho, já me abraçou de saudade, já me beijou e hoje...
- Lembranças boas.
- Nem tanto, não totalmente, nós costumávamos olhar pro Sol da nossa cidade maravilhosa... tudo parecia ser sorriso.
As ultimas palavras vieram de mim, eu soube do querer que só veio de mim, soube que mão dadas são apenas mão dadas, que um olhar fixo pode não ser paixão, que um abraço pode ser confundido, que algumas palavras realmente não são ditas... eu soube de muitas coisas e fingi não saber de você, não saber da volta do seu completo, que agora o ar parece mais leve pra você, que todas as músicas lhe agradam e não lhe fazem mal como antes, que você não fica refletindo sobre a vida, que agora eu não faço mais parte do seu presente...
O que me restou foram aquelas pétalas secas, que nunca mais olhei, pra fingir não haver dor, pra esquecer de você, apenas pra não te ter perto de alguma forma... me desligando de tudo, ou quase. As músicas que você ouvia com sorrisos e delírios, me fazem lembrar de uma parte que pra você não foi tão bonita quanto pra mim, fica uma mistura de saudade com...
Eu ouvi o que era pra ser ouvido e agora, minhas palavras falam contigo... enquanto eu guardo a lembrança de você chegando, eu indo, você ficando... com o seu cigarro e goles longos de felicidade.. eu só engoli uma lágrima.