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domingo, 27 de junho de 2010

Vazio, nada

Não é possivel decifrar nem metade da minha raiva.
Tudo vai aparecendo, como se fosse tacado na minha cara.. cada fato, cada escolha, cada decisão que não me inclui, que só me traz dor e choro o tempo todo.
Há tantos arranhões no mesmo local, que está começando a aparecer a carne podre, a carne que não clama por vida, que já se acostuma com a ferida.
Ah... se o Inferno existe, desejo tanto ele... não necessariamente pra mim, mas há desejo e de qualquer forma.
Eu sei que vai passar, e não preciso que ninguém mais me diga isso. Só preciso do meu ETERNO desabafo, do melhor companheiro, daquele que não te critica, só espera você escrever o que quiser nele, tentando transformar em coisa bonita, sendo boa ou não.
Não aceito ser uma ponte, uma ponte que entrega para a mesma coisa? Que foi como um circulo de prazer e satisfação? Não pra mim, não mais.
Quero ver o mundo explodindo, tudo colidindo, só pelo meu querer. Sabe quando você só quer ver o mundo, na mesma que a sua? Quando você não quer a cor vermelha estampada nas roupas, por ser uma cor que um alguém sempre usa? Quando você não quer as palavras 'vai' e 'passar' seguidas nessa ordem, vindo pra você?
Resta agora, muito nada em mim, muito vazio misturado com algo que transborda, tudo nos avessos, todo um maldito drama, poucos olhares, muito cansaço, muito pouco e muito muito. Resta de mim... o que só se pode restar, um resto ruim.
Ainda há mais palavras para mostrar, mas... preciso de tempo para colocá-las na ordem exata

sexta-feira, 25 de junho de 2010

na-da de enc-an-tado

Um, dois ou três meses atras... não sei ao certo.
Um começo:
- Quer bala?
- Não precisamos de bala pra isso.
a noite seguiu por si, a vontade reinou, algumas palavras foram ditas. Em outra noite o carinho e a preocupação se mostraram presentes.
Um beijo:
- Vai no seu tempo.
- Eu estou no meu tempo.
foi diferente, melhor, bom, e com aquele gosto de quero mais, muito mais. Foi doce, salgado, complicado, simples, misturado, um só... foi.
Uma mão com a outra:
- Estamos indo, no meio do caminho já.
havíamos marcado um horário de encontro com uma alheia importante, e por beijos/palavras, houve um atraso, mas estávamos de saída. Uma mão puxou a outra, um rosto virou para o outro e houve sorriso, parecia satisfação com prazer... não se sabe por completo, só se sabe de uma.
Uma rosa:
- Ai que linda a Rosa que você ganhou!
- Eu não ganhei, vou dar.
numa noite fria, o palco nunca fora tão lindo, a alma nunca se doara aquele momento da mesma forma, uma morte no mesmo dia, muitas lágrimas, dores e depois de tudo um abraço, com uma rosa vermelha, sem cheiro mas com sentimento, com intensidade.
Um outro alguém:
já havia aparecido, mas não aparentava tão ameaçador quanto fora de fato. Aconteceu perto do começo, mas não foi mencionado, até a descoberta vir e lhe trazer uma bandeja com os últimos fatos.
Um tempo:
junto uma dor, um gritar por dentro, um sufoco, tudo indescritivelmente ruim, lágrimas, perguntas sem respostas, apenas um tempo.
Uma nostalgia:
- Eu vou ficar feliz com a resposta?
- Depende do seu ponto de vista.
- Então eu não vou ficar.
a decisão era nostalgia, com alheio, o que já havia acontecido, sem ter algo forte como os prováveis sentimentos, como as palavras que apareceram pouco a pouco. Um não marcado por falta, por muito pouco.
Um domingo:
- Posso ir aí hoje?
- Claro.
uma animação dominando, a cautela mandando, o medo de errar em qualquer detalhe bobo, as risadas, a conversa natural.
Um outro beijo:
- Um ultimo beijo.
- Eu sabia que você ia me pedir isso.
seguido de um sim, da volta do gosto , do cheiro mais envolvente, daquele corpo por perto, de uma distância da dor. A volta do querer, do estar junto.
Uma noite diferente:
estava claro que não havia muito a ser doado, que não haveria muito sentimento, nenhuma possibilidade de dor, mas aquela mão puxando a outra para entrelaçar não fazia sentido sem um querer maior, não para uma. Muito mais, muito quase... e de repente um recuo, com medo, com desinteresse talvez.
Um final:
com uma conversa, que não há muita vontade de ser relembrada, apenas palavras indicando o fim, mostrando que não haveria um lindo domingo, mesmo com tantas coisas boas, mesmo que as melhores palavras fossem descartadas em cima da mesa, um ponto estaria em discórdia.
Umas bebidas:
alguns longos goles de bebidas, que adulteraram tudo, que ajudaram na coragem para colocar as palavras sem pensar, uma tentativa falha de ter de volta o que nunca fora meu.
Uma definição:
Namorando -- pra você, para sua cura.
Dor, Raiva, Revolta, Auto-destruição, Falta, Incurável, Cansaço, Nada, Sem sentido, Auto-punição, Choro, Tristeza, Solidão, Pouco, Ódio -- pra mim, só pra mim.


domingo, 20 de junho de 2010

Tudo sumindo, devagarinho

Eu sei que já disse não sei por mais de mil vezes, mas... ainda continuo com essas palavras cruzadas comigo.
Eu não sei... eu poderia usar todas as entrelinhas, se eu soubesse como fazer isso no momento, mas... eu não sei, não sei disso e nem de mais nada.
É como me sentar em uma mesa de bar, olhar para as pessoas a minha volta, tomar alguns goles de qualquer bebida que me faça MAL, e... não ter feito nada disso, ou ter feito e ficar na dúvida do que aconteceu.
Eu quero a minha escrita de volta, eu preciso desse meu alimento que desde há muito tempo é meu amigo, inimigo, companheiro... é tudo.
CADÊ? CADÊ AQUELE MEU MUNDO DE SORRISOS VERDADEIROS?
Estou cansada de ficar perdida... e sim, mais que os outros.

domingo, 6 de junho de 2010

mais.. mais



Como se fosse, a ultima imagem que eu guardaria em lembrança.

terça-feira, 1 de junho de 2010

Sopa de palavras

Quero pegar as lembranças, e jogá-las pra longe... pra um lugar onde não atinja ninguém e que seja de difícil acesso, assim nem eu encontro mais.Quero entender, o porque de ter sido de um jeito pra cada uma, porque não foi tudo só ou tudo muito para ambas.
Quero encontrar denovo aquelas palavras bonitas. Quero voltar no tempo pra desfazer tudo, desde o começo, pra manter a minha escrita normal.. sem fitar tanto nos meus, querer's que não tenho.
Quero esconder, quero manter o sorriso na cara e deixar todo o resto pra lá... pra não me machucar, só não quero chorar.. pra não virar mania, sabe?!
- Eu te avisei, pra tomar cuidado com a paixão - é isso que me digo o tempo todo.
Quero que esse cheiro suma de mim, suma daqui... quero outro vicio que não seja o querer, que não envolva você, que não me faça chorar, que não seja de desejar tanto um desejo, ou, vários.
Ah... como eu quero explodir o mundo, com a alegria que busco em uma montanha russa, junto com um par e mais um, pra alcançar aquele céu quando subo e vejo todos de cima, e depois fechar os olhos, sabendo que você está indo rápido... rodando pelo ar, voltando de costas.
Quero ser o tipo que não vale nada, que acontece em um dia e some no outro, quero deixar de querer um pedaço das pessoas, pra ter o meu próprio pedaço, seja ele como for.. bom, ruim...ou não.
Eu fui com todas as unhas, com todos os dentes... gritar pra um alguém, que era a minha parte bonita, mas talvez eu tenha errado no grito ou talvez eu só devesse nem ter gritado.
Quero entender o porque de uma rosa, se hoje me parece que era tão pouco, e tão... muito pra mim. Mas foi só um gesto, que pra mim... parecia o mundo sorrindo e dizendo que haveria um par, que passaria a noite com as mãos entrelaçadas, que passaria o dia sendo um par.
Sabe quando você perde um dos seus chinelos pela casa, e não encontra em canto nenhum? Pois é assim mesmo que me sinto. Eu sei onde estou, mas e perdi meu par, o que me formaria um par... e todo mundo encontra esse meu par, menos eu.