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terça-feira, 7 de maio de 2013

'Res' 'tant'-e-'o'

Seus olhos me cercaram docemente,
enquanto eu me acalmava em seu peito.
Lentamente suas mãos acariciaram minha face,
minhas madeixas e minhas mãos.
Há o sal necessário em seus beijos,
o pouco que gosto, que não desgosto.
Eu me cubro com sua calmaria,
com suas mãos entrelaçadas as minhas,
com suas piadas, suas falas, sua anormalidade,
sua aceitação de cura em nossa recente conversa.
Olho para os lados e não nego os olhares intensos
em minha direção, mas nego-me a tê-los como meus,
seus olhos me queimam suficientemente,
seus lábios tocam os meus deliciosamente
e deliberadamente eu me encanto, canto em um cantinho,
com sua presença em carne, em mente ou em sentir.
E quando desço do ônibus branco e verde,
me pego olhando pro céu, pras duas estrelas mais unidas,
pra todos os brilhos, ou para as nuvens que cobrem
as luzes da noite.
Sinto o frio, me aqueço em mim, me encolhendo,
enquanto meu pensamento vagueia pelas
poucas vezes que nos sentamos lado a lado,
e sorrimos, sentimos, vivemos.

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