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segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Vindo de dentro, sendo um objeto

Ali parada em um canto, jogada aos seus prantos, sem lembranças ou embaraços que lhe fizessem bem, e uma gota a mais de não querer.
-Idiota - foi isso que eu disse a mim mesma, - é ridículo como há uma compaixão tosca dentro de sí mesma. - ainda reforcei todas as letras que formavam as palavras certas a serem escutadas.
- I-d-i-o-t-a - novamente. - acredita em qualquer lágrima, em qualquer palavra ou gesto, lhe digo que há falsificações. - aquela vozme cutucava os ouvidos, causando uma dor por todas as extremidades do meu corpo. Não preciso que me falem o que eu já estou cansada de saber. [cansada mesmo]
- I-D-I-O-T-A - basta, essa minha própria voz ainda me mata de tanta verdade - eu repito tudinho se você quiser, não há cansaço nas minhas formações, você não cansa de se quebrar, de picotar cada pedaço que parece inquebravel. - nem mesmo apagando, era gravação da propria mente.
- IDIOTA! - a pior parte é concordar, - sabe que qualquer grão lhe satisfaz, você não pode escolher. - eu sei mesmo.

2 comentários:

Pierre. disse...

Nunca tenho absoluta certeza do real significado de suas palavras. "Idiota é aquele que fala correto e não vive o que diz." Não sei se estabelece alguma relação ou até consolo á essa pobre que sofre de dor de consciência, mas algum sentido sempre há. Palvras enfim. Bah.

Prachedes disse...

Acho que pior que concordar, é discordar. Conflito interno machuca mais que a concordancia entre as partes (ou A PARTE) sobre a idiotice.