quinta-feira, 12 de novembro de 2015
n-O meu cio.
Choro, me encolho, exalo o cheiro feminino, sensível, quero sexo e não quero, atraio olhares e palavras e falas e expressões e desejo, mas só quero o meu cantinho, e atenção também.
-Não me toque, me toque sim; não encoste, talvez um pouquinho; quero atenção, mas não fique no meu pé. - é mais ou menos assim que gostaria de gritar ao mundo durante o meu 'cio'.
Sangro como se fosse sair todas as impurezas que vivi de um mês pra cá, mas não sai.. intensifica, dói; daí choro, esperneio no meu cantinho, faço drama, mas quero um chamego.
Ah como adoro o aconchego, o cheiro, o doce, o aceso da minha libido; tudo na minha cama, no meu quarto, no meu solo que parece imóvel no impacto que goteia naquela fralda que visto todo mês.
É sempre uma época que acredito escrever mais, ser mais e bem menos também; são os extremos sendo mostrados em poucos dias, todos os meses e pelo menos metade da vida. Doido e doído, nessa indecisão mesmo, sempre em sequências bem diversas e com tons mais acentuados a cada nova fala:
- Desceu pra mim!
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