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sábado, 12 de outubro de 2013

Dejeitomaneira

Chuva.
Lágrimas.
Medo.
Parada.

É quando eu percebo que é como se eu chegasse em casa e não o tivesse ali, meu olhos ficam perdidos por entre os móveis, por entre o espaço vazio e enorme que parece ocupar meus olhos. Eu o vejo ali, parado, imóvel, me olhando, sem ternura, doçura ou querer, só o vejo ali, parado... olhando...
Meus ombros caem, meu sorriso que antes, cheio de esperança fazia uma varredura pela casa, agora se vai, se esquece de como era, e fico ali também, tão parada quanto seus olhos serenos.
Uma lágrima, outra, só mais uma...
Eu não me encaixo bem no vazio que as vezes me olha, nem meu corpo cabe ao seu lado quando não há o nosso carinho, nem meu sorriso cabe em mim quando não tenho seu olhar me amando e menos ainda meu amar quando não parece tão bem recepcionado.
Agora me encontro aqui, perdida por entre este monte de palavras, mesmo que hoje pela manhã, seus olhos tenham me amado, sua voz me falou sem tom de sermos nós, sinto falta..
Sinto falta do hoje de manhã, em todas as manhãs que não o tenho, e ainda mais das que o tenho somente..
Que meu sorriso cative novamente aquele olhar que eu senti queimar, quando ouvi o seu primeiro Eu Te Amo.