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quarta-feira, 24 de outubro de 2012

R.

Sinto como se violasse a mim, como se meu corpo quem tivesse encostado ao seu, como se você por um pequeno instante não fosse tão insensato.
Não posso, não vou e nem mesmo quero tomar esses goles de dor alheia. Vou me manter presa, firme em mim, firme sem ti, firme!
Ei.. espere aí! A história nem é minha, porque essa amargura toda agora?! Eu lhe conto porque...
Cansei de braços alheios, contornando as curvas de meu corpo, de lábios ziguezagueando por entre os meus, de palavras serem sussurradas ao pé do meu ouvido, de olhos me fitarem como se não houvesse apenas o desejo...
Cansei-me da sua carne, de todas as carnes; cansei-me de lágrimas, todas aquelas que derramei em mim, por qualquer outrem; cansei-me de satisfazer sua vontade, enquanto a minha sequer pensou em ser suprida; cansei-me de tanta sacanagem.
Quão covarde és, quão covarde foste, quão covarde serás?!
Juro que me questiono, e me desaponto, cada vez mais, aí.. cada vez menos eu me lanço aquele momento, cada vez menos eu penso em qualquer alheio.
Permaneço então, sendo mais uma expectadora de mais um dilacerador!


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