Sempre um segundo depois as coisas mudam pra mim, pode mudar o vento, a temperatura, meu gosto, meu desgosto, minha vontade, minha opinião, até mesmo minha ideia, eu gostar ou não de feijão...
Mas um segundo depois, mudou mesmo.
Senti outro gosto, não pude nem mesmo pensar em ver um rosto, senti aquele desgosto, me veio o frio junto com o vento que mudou sua missão, nenhuma vontade, opnião alguma, quanto ao meu feijão, perdeu a graça.
Independente de qualquer coisa me vem o espanto, mas é uma droga fingir não gostar tanto, até mesmo aquela menina do outro lado da rua não gosta da chuva. Mas de que me importa entender o porque, ela só prefere que não chova.
E meu foco sumiu, se perdeu naquele rio, foi sim... naquele rio de chuva pouca que a menina do outro lado da rua não gosta, ninguém sequer pensou em perguntar se ela queria as gotas, só deixaram cair e ela teve de ir para dentro do pouco conforto de sua casa.
Só sei que nesse segundo, na verdade no passado, eu parei de gostar da chuva, porque aquela menina do outro lado da rua, fingiu gostar por um segundo, do que não queria